Já estamos ultrapassando um ano frente a crise mundial causada pela covid-19, toda população vem sofrendo com impactos nos mais diversos setores: pessoal, social ou profissional. Para os profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente do combate a pandemia, esses impactos têm sido elevados a níveis extremos de desgaste físico e psicológico. Isso devido às jornadas de trabalho exaustivas, além de ter que lidar diretamente com os elevados números de óbitos de pacientes e também colegas de profissão.
Segundo os resultados da pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19, realizada pela Fiocruz em todo o território nacional, a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% desses trabalhadores. Os dados revelam ainda, que quase 50% admitiram excesso de trabalho ao longo desta crise mundial de saúde, com jornadas para além das 40 horas semanais e um elevado percentual (45%) deles necessita de mais de um emprego para sobreviver.
Precisa-se considerar também o afastamento desses profissionais do convívio de seus familiares por riscos de contaminação dos mesmos, além de muitas vezes se depararem com a falta de reconhecimento profissional.
Considerando todos os pontos levantados, observa-se que os profissionais que estão na linha de frente buscando a cura dos pacientes acabam por muitas vezes adoecendo e isso deve ser discutido. Deve haver uma atenção maior e empatia sobre esses trabalhadores principalmente por parte da gestão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), desenvolveu um guia de cuidados para orientar não apenas os profissionais da saúde, mas diversos grupos. Algumas dessas orientações são:
- Manter as necessidades básicas, como, dormir, se hidratar e alimentar de forma saudável;
- Descansar; é importante fazer pausas frequentes durantes os turnos;
- Evitar consumo de álcool, tabaco e outras drogas;
- Manter contato com família e amigos, mesmo que a distância (por telefone, chamadas de vídeo, redes sociais);
- Procurar sempre fazer uma autoavaliação sobre seu estado físico e emocional e buscar ajuda ao se notar a permanência de insônia, falta de apetite, desânimo ou tristeza. É imprescindível que se faça o tratamento adequado para cada caso.
Fontes:
http://www.cofen.gov.br/
https://portal.fiocruz.br/
http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/03/Nota-Informativa-A-Sa%C3%BAde-Mental-e-a-Pandemia-de-COVID-19-impactos-e-orienta%C3%A7%C3%B5es-para-profissionais-de-sa%C3%BAde.pdf